domingo, 13 de março de 2016

Já ouviu falar em F.O.M.O.?

Medo de ficar por fora do que está acontecendo... Doença ou fenômeno??

Por Leandro Quintanilha
Não é doença. Nem transtorno. É um fenômeno. Uma matéria publicada no jornal New York Times apresentou o termo ao grande público: fomo. É sigla de “fear of missing out”, ou medo de ficar por fora. O exemplo clássico é o sujeito que checa mensagens no celular no cinema. Ele não pode, não consegue ou não quer ficar desconectado pela eternidade da duração do filme.


 Para a psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC, fomo é apenas o novo nome para algo que existe já há tempos. Se é ou não um problema para o usuário, vai depender de com que frequência ele se conecta, se isso tem provocado prejuízos físicos, sociais, emocionais ou profissionais e também a percepção de exagero das pessoas que o cercam.
 Ela explica ainda que há controvérsia mesmo sobre o uso abusivo da internet. Nem todos os profissionais classificam o comportamento como vício. “Um dependente químico precisa se afastar das drogas, mas quem abusa do tempo na internet não pode eliminar completamente o computador”, compara. Simplesmente porque estamos no século XXI Assim como uma pessoa viciada em sexo não deve se tornar celibatária. “Nessas situações, o objetivo tem de ser o equilíbrio.” A dependência de internet é comportamental, como a de sexo, de jogo e a de compras. E como seria a de se manter sempre atualizado.
 O que você acha sobre FOMO?
 Não quero incitar uma conclusão precipitada, em afirmar se é doença, se tais especialistas chamam de fenômeno. Mas hoje chegamos nas salas de aulas, e todos os alunos estão com celulares.
 Em uma matéria do Domingo Espetacular na Record, a banda internacional de rock Rolling Stones, citou que em seus shows parecem que as pessoas "assistem" aos shows pelo celular, se vê um "mar de celulares."
 Mal e males, há sim, pela 'obrigação' psicológica constante de acessar as Redes Sociais de minutos em minutos, ou segundos em segundos.

Fonte: O Estadão / Domingo Espetacular (Livre adaptação de ambas por Júlio Ramos).

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